O Presidente da Força Sindical de Pernambuco, Rinaldo Junior, protocolou nesta segunda-feira (27), um ofício no Palácio do Campo das Princesas solicitando audiência entre o Stealmoaic (Sindicato que representa os terceirizados do Estado) e a Força Sindical com a Governadora Raquel Lyra, para solicitar apoio e para que o Governo busque solução imediata para resolver o problema dos pagamentos dos trabalhadores terceirizados de forma célere.  

Administrativamente, a entidade sindical protocolou denúncias junto ao MPT-PE e MTE, onde também incluiu o Estado de Pernambuco. Sabe-se que o trabalhador é funcionário da empresa terceirizada e esta tem que arcar com os direitos dos funcionários, independente de receber do tomador do serviço ou não. Todavia, essa é uma realidade muito distante do que efetivamente acontece no curso dos contratos de prestação de serviços terceirizados.

A entidade sindical vem sendo procurada por inúmeros trabalhadores lotados nos mais diversos contratos de prestação de serviços terceirizados de órgãos do Estado de Pernambuco, denunciando o atraso no pagamento de salários e benefícios, que já vão chegar a dois meses de atraso.

O Presidente da Força Sindical e vereador pelo Recife, Rinaldo Junior, relatou durante sessão ordinária na manhã desta segunda (27) na Câmara Municipal do Recife a situação em que se encontra cerca de 30 mil trabalhadores terceirizados que prestam serviços ao Governo do Estado pelo atraso salarial.

De acordo com Rinaldo, os empresários (donos das empresas terceirizadas) não estão recebendo a sua fatura do Governo do Estado e, por conta da crise pós pandemia, não tinham como arcar com essas verbas salariais sem o recebimento por parte do órgão contratante. “As empresas responsáveis pelas merendeiras das escolas públicas do Estado não estão recebendo e hoje já recebemos denúncias de que existe rodízio de merenda nas escolas estaduais”, declarou Rinaldo.

De acordo com Rinaldo, os trabalhadores terceirizados estão passando por dificuldades e muitos não têm nem o que comer em casa, pois são assalariados. “Passou o período de carnaval, a festa de momo, mas muitos desses trabalhadores não brincaram o carnaval, por que não tinham nem o que comer dentro de casa. Estou me referindo aos trabalhadores que têm contratos essenciais no Governo do Estado de Pernambuco, na saúde e na educação. Estou envergonhado, a palavra é essa, pois estamos encontrando os trabalhadores nas ruas que cobram desesperadamente por uma solução”, destacou Rinaldo Junior.